A Feira Agroindustrial de Guaíra (FAIG) nasceu do desejo da população local de ter um evento que promovesse entretenimento e, ao mesmo tempo, elevasse a visibilidade da cidade na região. Enquanto municípios vizinhos já contavam com suas festividades anuais, Guaíra buscava uma celebração que unisse lazer e desenvolvimento econômico.
Foi durante uma conversa, após uma reunião na prefeitura, que a ideia começou a tomar forma. Entre os envolvidos estavam o então prefeito, Dr. Waldemar Chubaci, além de Aloizio Lelis Santana, Geraldo Napolitado, Antônio Garcia, professor Washington Viana, José Eduardo Scanaves e Antônio Messarioli André. O grupo concordou que o evento deveria acontecer e passou a discutir o nome e formato da celebração.

A proposta era criar uma feira onde, além de destacar a força da produção agrícola local, houvesse espaço para a exposição de máquinas e implementos voltados para a lavoura, além de seminários sobre temas relevantes para o setor. Assim surgiu a FAIG – Feira Agroindustrial de Guaíra.
A primeira edição aconteceu entre os dias 23 e 30 de setembro de 1974, no terreno onde hoje está localizado o lago, em frente ao prédio da Prefeitura e da Câmara Municipal. Contando com o apoio da indústria, comércio e produtores rurais, o evento foi patrocinado pela Prefeitura, pela Câmara e pelo Sindicato Rural. O presidente inaugural da FAIG foi Antônio Manoel da Silva.
Inicialmente, definiu-se que a feira aconteceria a cada dois anos, o que viabilizou a realização da segunda edição em 1976. Nesse período, foram elaborados os estatutos sociais e, com a oficialização do evento, ele passou a ter personalidade jurídica própria. Ao longo dos anos, a FAIG se consolidou como um dos principais eventos agroindustriais da região. Tradicionalmente realizada em setembro, a feira passou a ocorrer em maio, alinhando-se às comemorações do aniversário de Guaíra, celebrado em 18 de maio.

Um dos grandes diferenciais da FAIG foi que, em todas as suas edições, a entrada sempre foi franca e os shows, assim como outras atrações, nunca tiveram cobrança de ingressos. O evento proporcionava entretenimento acessível para toda a comunidade e visitantes.
A feira foi descontinuada após sua oitava e última edição, realizada entre 18 e 24 de maio de 1994. Apesar de ter sido concebida como um evento bienal, ao longo de seus 20 anos de existência houve períodos em que o intervalo entre as edições foi maior do que dois anos, o que explica o número de edições menor do que o esperado.

*Com informações do livro Conta Gotas e relato pessoal do autor Geraldo Napolitano, editado em 1986.